sábado, 19 de julho de 2014

Retrognatismo (Classe 2)



O Classe II

O retrognatismo é a condição em que a mandíbula está em uma posição posterior em relação à maxila. Freqüentemente, reclamam de um “queixo muito pequeno, ou para trás”. É comum a associação com o excesso vertical da maxila, representado clinicamente pelo sorriso gengival. Em alguns casos, contudo, o retrognatismo se apresenta com mordida profunda e a ponta do queixo proeminente, embora ainda retroposicionada.
Os pacientes retrognatas (classe II) apresentam um padrão facial convexo, quando observados de perfil. Frequentemente reclamam de um nariz muito grande ou projetado. Além disso, mostram uma alteração na oclusão dentária em que os dentes inferiores estão muito para trás em relação aos superiores.
A cirurgia ortognática corrige o retrognatismo mandibular através do procedimento de avanço mandibular. Esta correção proporciona um perfil esteticamente favorável, corrigindo eventuais desarmonias entre nariz, lábios e queixo. Além disso, permite a oclusão dentária funcionalmente adequada e articulações têmporo-mandibulares estáveis.



segunda-feira, 14 de julho de 2014

Planejamento Virtual em Cirurgia Ortognática

A computação gráfica tridimensional associada às avançadas tecnologias de impressão 3D têm revolucionado o diagnóstico e o planejamento em cirurgias ortognáticas. Entenda:

Tradicionalmente, o diagnóstico e planejamento em cirurgia ortognática envolve a anamnese, análise facial, análise cefalométrica, e a simulação da cirurgia a partir de modelos de gesso, montados em articulador (dispositivo que reproduz parcialmente os movimentos da mandíbula). Após a execução da simulação em modelos de gesso montados no articulador, são confeccionados guias cirúrgicos em acrílico. Esses guias encaixam-se nos dentes, permitindo transferir o resultado obtido na simulação no gesso ao paciente na mesa de operação. Esta modalidade de planejamento tem sido utilizada há vários anos, e permite bons resultados. Contudo, tem algumas limitações: não permitem avaliar adequadamente alguns movimentos espaciais dos maxilares; não permitem visualizar as possíveis interferências decorrentes de movimentos ósseos; não permitem visualizar a correlação entre os movimentos dos maxilares e a estética facial.


O planejamento feito por computador supre algumas das lacunas no preparo da cirurgia ortognática. É feito da seguinte maneira:
1 – O paciente faz: uma tomografia da face conforme protocolo estabelecido por nossa clínica; uma fotografia padronizada em nosso estúdio. Uma moldagem das arcadas dentárias.
2 – Os modelos são escaneados com um scanner 3D
3 – Um Software funde as imagens digitalizadas da tomografia, da fotografia e dos modelos das arcadas dentárias.
4 – A cirurgia é simulada no Software, podendo-se avaliar todas os parâmetros, bem como as possíveis alterações dentárias, ósseas e estéticas.
5 – Uma vez realizada a simulação, o arquivo final é enviado a uma impressora 3D de ultra-precisão, que confeccionará os guias que serão usados no momento da cirurgia ortognática, permitindo-se a reprodução precisa do que foi feito no computador à face do paciente.

As facilidades e a precisão no planejamento são incomparáveis. Em casos de assimetria facial, por exemplo, não abrimos mão de utilizar essa tecnologia, dada a superioridade dos resultados.

Por Dr. Fábio Calandrini

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Correção do Sorriso Gengival



O chamado “sorriso gengival” corresponde a uma desarmonia na estética da face, na qual ocorre uma exposição excessiva de gengiva durante o sorriso. Em casos mais brandos, quando o paciente apresenta dentes aparentemente curtos, procedimentos cirúrgicos simples, com remoção do excesso de gengiva podem solucionar o problema. Entretanto, esta solução freqüentemente não é possível, uma vez que o problema do paciente é o excesso vertical maxilar. Assim, a simples remoção de gengiva poderia deixar os dentes muito longos, e esteticamente inaceitáveis.
Cumpre ressaltar que o problema do excesso vertical da maxila compromete mais que a estética da face. Em pacientes com sorriso gengival, a arcada dentária está localizada em uma posição mais baixa que a normal ou fisiológica. Desta forma, o contato ente os dentes se dá antes do fechamento adequado da mandíbula, causando uma aparência de retrusão do queixo, além de comprometer a estabilidade da articulação têmporo-mandibular, podendo gerar cliques e estalidos, além de dor facial. Ocorre ainda, a falta de selamento entre os lábios, predispondo a problemas respiratórios.
A Cirurgia Ortognática corrige o excesso vertical da maxila, aprimorando a estética do sorriso, a respiração e a função do sistema mastigatório.
Em alguns casos mais discretos, o sorriso gengival pode estar associado à mobilidade e tônus exagerado do lábio superior. Nestes casos o uso de BOTOX pode trazer resultados satisfatórios a um menor custo e menor morbidade.

sorriso_gengival_1.jpg